quinta-feira, 3 de outubro de 2013

GINECOMASTIA: O Que é?


  • Aumento do tecido mamário em homens, podendo ser unilateral ou bilateral, iniciando como um pequeno nódulo abaixo do mamilo podendo ser sensível. Podendo acometer os homens em todas as faixas etárias;
  • Em Recém-Nascidos(RN's) o desenvolvimento das mamas pode estar associado ao fluxo de leite(galactorreia) podendo durar de algumas semanas ate os 2 anos de idade.
CAUSAS:
  • Andrógenos são hormônios que criam características masculinas, tal como crescimento de pelos, tamanho do músculo e voz grossa enquanto os estrógenos são hormônios que criam características femininas. todos os homens possuem andrógenos e estrógenos, alterações nos níveis dos hormônio; 
  • Envelhecimento;
  • Quimioterapia;
  • Doença hepática cronica;
  • Exposição a hormônios esteroides anabolizantes;
  • Exposição a estrogênio;
  • Falha renal e diálise;
  • Falta/deficiência de testosterona;
  • Uso de maconha, álcool, anfetaminas, heroína e maconha;
  • Tratamento hormonal para CA de próstata;
  • Tratamento para radiação dos testículos;
  • Efeitos colaterais de algumas medicações(cetoconazol, espirinolactona, metronidazol, ranitidina, isoniazida, metildopa);
  • Cirrose hepática;
EXAMES COMPLEMENTARES 

            Após detalhado histórico e exame físico, todo paciente deve ser submetido a exames laboratoriais para dosagem de testosterona, estradiol, LH e ß-HCG. Demais testes devem ser requisitados com base na história e no exame físico.
            A presença de elevados níveis de ß-HCG sugere Tumor testicular, que deve ser investigado inicialmente com ultra-sonografia. Na ausência de tumores testiculares, as neoplasias extratesticulares secretoras do ß-HCG devem ser descartadas.
            Baixos níveis de testosterona com LH elevado e estradiol normal ou alto indicam Hipogonadismo hipergonadotrófico (primário). Baixos níveis de testosterona e LH indicam Hipogonadismo hipogonadotrófico (secundário). A concomitância de testosterona, LH e estradiol elevados sugere resistência a andrógenos.Pacientes com insuficiência renal crônica apresentam níveis elevados de LH, FSH e prolactina, além de testosterona baixa.
            Neoplasia de mama deve ser suspeitada na presença de uma massa firme, irregular, imóvel, unilateral e com localização excêntrica. Podemos encontrar também retração do mamilo, descarga papilar e linfonodomegalia axilar. A mamografia é o melhor exame para avaliar malignidade, enquanto a ultra-sonografia diferencia entre tecido mamário e adiposo. Ambos os exames devem ser considerados complementares no diagnóstico da Ginecomastia. Como a Ginecomastia do adulto geralmente é bilateral, os pacientes com mais de 35 anos com Ginecomastia unilateral devem ser submetidos à mamografia para excluir a hipótese de neoplasia mamária.

QUAL O TRATAMENTO?

            A terapêutica nos pacientes com Ginecomastia é dividida no tratamento etiológico, clínico e cirúrgico.

Tratamento Etiológico da Ginecomastia

            Quando a Ginecomastia está presente por mais de um ano, dificilmente regride espontaneamente, mesmo após cura ou controle da doença de base, o que decorre do desenvolvimento de fibrose do tecido mamário.
            Medicações que causam Ginecomastia devem, sempre que possível, ser suspensas ou trocadas por outras que não apresentam esse efeito.
            Os tumores testiculares, como células de Leydig e Sertoli, e os tumores adrenais devem ser tratados cirurgicamente. Nos casos de tumores de célula germinativa, faz-se necessária a quimioterapia.

Tratamento Clínico da Ginecomastia

            Há três grupos de medicamentos possíveis de serem utilizados para o tratamento da Ginecomastia:

         Andrógenos: compreendem a testosterona, di-hidrotestosterona e danazol. O tratamento da Ginecomastia de homens hipogonádicos com testosterona não tem bons resultados quando o quadro está estabelecido, podendo até agravar a Ginecomastia por elevação do estradiol secundária à aromatização da testosterona. A di-hidrotestosterona pode ser uma alternativa, por não ser aromatizada. danazol é um andrógeno fraco, capaz de inibir a secreção de gonadotrofinas, causando regressão da Ginecomastia em alguns casos.
         Antiestrógenos: utiliza-se o citrato de Clomifeno, tamoxifeno e raloxifeno. Alguns estudos têm mostrado boa melhora da Ginecomastia com uso de citrato de Clomifeno, com taxa de regressão de até 95%. O uso de tamoxifeno está associado à melhora do quadro, porém, com pequena taxa de regressão completa. Apesar de pouca chance de resolução completa e alta taxa de recidiva, o tamoxifeno é bastante usado por seu baixo custo e poucos efeitos colaterais. A dose deve ser 10 mg duas vezes ao dia por pelo menos três meses.
         Inibidores da aromatase: são letrozol, anastrozol, fadrozol e exemestane. Há poucos estudos com essa classe de drogas no tratamento da Ginecomastia.

Tratamento Cirúrgico da Ginecomastia

            Adolescentes púberes que não responderam ao tratamento clínico, em quem a Ginecomastia cause desconforto biopsicossocial, devem ser submetidos a tratamento cirúrgico. A cirurgia também deve ser considerada em pacientes com macroginecomastia, por sua falta de resposta ao tratamento farmacológico. Quando a Ginecomastia está presente por mais de dois anos, o tratamento clínico também é ineficaz e o procedimento cirúrgico é a única opção.
            Em pacientes com carcinoma de próstata que serão submetidos à deficiência androgênica como parte do tratamento, a irradiação mamária com baixas doses previne o surgimento da Ginecomastia.


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